Estreia nesta sexta feira 31, o filme baseado na serie de TV “Cidade dos homens”, Contextualizando a periferia brasileira, principalmente do Rio de Janeiro.
O sucesso da
serie é ligado a um retrato fiel de uma realidade
cotidiana das favelas nacionais. Em quatro episódio teve uma aceitação que provocou o interesse pela realização do filme, apoiado pela rede globo e em grande produção nacional para o cinema, o filme tem
direção de Paulo
Morelli, e com o elenco já consagrado de
Acerola vivido por Douglas Silva, e laranjinha por
Darlan Cunha o filme ainda tem
Jonathan Haagensen, Rodrigo dos Santos,
Camila Monteiro.
Nas
telonas o conflito maior e a versão de dois lados da paternidade, em que laranjinha procura por seu pai e
Acerola aprende a ser um bom pai. O roteiro é de
Elena Soárez, considerado da classe drama e indicado para maiores de 16 anos.
Em
Pelotas o filme estará em cartas no cinema Capitólio as 21h, sala 1.
Interpretativa
A maioridade é um filme que não vê o morro só como campo de batalha, jogando com realidades constantes aos jovens, porem diferente entre si e sua vivência.
De forte conotação social e política, não se trata mais de uma história do morro, mas de uma história do Rio de Janeiro para
Acerola-Douglas Silva e Laranjinha -
Darlan Cunha.
O roteiro de
Elena Soárez logo joga os dois temas na pauta: sentados na areia, Laranjinha diz que quer achar logo quem o botou no mundo, para mudar seu R.G., agora que completou 18 anos, e
Acerola, por sua vez, e também perto da maioridade, se mostra inábil para cuidar do filho, que acaba perdido na areia.
Uma introdução justa para quem nunca assistiu ao seriado; o reforço dos
flashbacks ajuda a
reapresentar o histórico dos dois amigos que cresceram juntos na
telinha, e
infrantaram realidades confusas e
cotidianas no nosso pais.
Seguindo os passos já trilhados pelo filme Cidade de Deus, o filme é esperado pelo publico que
admira a boa produção cinematográfica brasileira. Acreditando no ressurgimento dos louros do cinema nacional.
Tentando suavizar as decepções do dia a dia da periferia, o filme lida com conflitos pertinentes media por
atores jovens que identificam a
plateia. Carismáticos, com certeza e deles grande parte do sucesso na TV.
Com uma responsabilidade de educar e provocar
reações na sociedade, o filme é impactaste em muitas cenas, mas seguindo a linha já trilhada por suas referências.
O tom
ironico jogando pela TV, e moldado pelos
atores e tal suavizante e torna o espectador um atendo observador da realidade porem bem romanceada.
Douglas e
Darlan, com suas
irreverencias e seus estilos "jovens" não são só exemplos nacionais, já se tornaram grandes
atores que em grande parte da plateia despertam admiração e muitas vezes ate tornassem galas da sua época.
O filme entra em cartaz em todos os cinemas brasileiro nesse dia 31 de
Agosto, sexta feira.
Opinativa
Estreia nesta sexta dia 31 de
Agosto mais um sangrento e violento filme brasileiro no cinema.
A favela é um campo de batalha - e as cenas de
ação, tiroteio e morte estão ali para provar - mas não só. É o lugar de
Acerola, Laranjinha, seu familiares, sem o qual eles perdem o referencial. Mais do que no filme de 2002, o morro de Cidade dos Homens se aproxima do conceitos gregos de
éthos e topos, o local a que se pertence. Sem a
Sinuca, não por acaso,
Acerola e Laranjinha voltam-se um contra o outro.
Apesar de boa produção, a busca por cinema de qualidade brasileiro ainda esbarra na violência, triste realidade da favela brasileira que assusta e mesmo assim diverte. É preciso que exista uma motivação nacional para reerguer o cinema do pais. O filme cidade de
Deus ate foi foi bom, mas e ai só isso que somos capazes de produzir.
Lidar com temas de conflitos
cotidianos e uma
ótima sacada, mas incentivar o cinema e mais do que isso e descobrir outras portas, não só seguir as já abertas. Todos filmes produzidos tem uma apelação desnecessária.
Por que não fazermos filmes de coisas boas do nosso pais? Se analisarmos mais profundamente o cinema brasileiro veremos , que nascemos de produções voltadas a sexualidade como Nelson
Rodrigues e migramos para
violência, tento lembrar de algo que não seja apelativo porem esbarro em memórias voltadas ao
carnaval e muita
sacanegem.